O sol é o rei dos espaços
Sob a linha do Equador
Mas nunca têm em seus braços
A deusa do seu amor
A lua, essa noiva triste
Sonha um dia em se casar
Mas a natureza insiste

O sol amado levar
Para o equilíbrio do céu
O sacrifício do amor
E a noite em escuro véu

A lua esconde a sua dor
Somente a boca da noite
E no momento da alvorada
Os dois amados se vêem

O rei sol e a lua amada
De tanto chorar a lua
No seu mundo escuro e frio
Suas lágrimas de luz
Vão formando grande rio

Contam que tua gente se perdeu
No clarão do dia
Em que uma nuvem escureceu
E então tua sina índia minha
Vem na mão de Deus
Tua sina vem na mão de Deus

Muito acima dos verdes lençóis
Destas matas
Teus olhos vigiam sem cessar
E essa matas
Guardam teus segredos índia minha irmã
Guardam teus segredos minha irmã

Teu pranto é lunar, teu olhar lunar
Teu pranto é lunar, teu olhar lunar
Teu pranto é lunar, teu olhar lunar
Teu pranto é lunar, teu olhar lunar

Composição: Antonio Pereira