A Fossa
Não me envergonho em dizer que estou na fossa
Falar a verdade é um direito que me assiste
Não acredito que exista alguém que possa
Ficar calado em situação tão triste
Assim ausente de quem amo loucamente
Sem piedade a saudade me devora
Estou cantando com a garganta simplesmente
Mas aqui dentro tudo em mim lamenta e chora
A fossa nasce de uma despedida
A fossa é tempestade em nossa vida
Fiquei jogado para as traças do destino
E o desatino pouco a pouco me destroça
Choramingando tal e qual um pequenino
Vou soluçando e curtindo a minha fossa
E o roceiro quando pede chuva mansa
O poderoso faz chover na sua roça
Por isso fico alimentando a esperança
E tenho fé que vou sair da minha fossa
En la fosa
No me avergüenzo de decir que estoy en la fosa
Decir la verdad es un derecho que me asiste
No creo que haya alguien que pueda
Permanecer callado en una situación tan triste
Así ausente de quien amo locamente
Sin piedad la nostalgia me devora
Estoy cantando con la garganta simplemente
Pero aquí dentro todo en mí lamenta y llora
La fosa nace de una despedida
La fosa es tormenta en nuestra vida
Quedé tirado a merced del destino
Y la locura poco a poco me destroza
Lloriqueando como un pequeñito
Voy sollozando y disfrutando mi fosa
Y el campesino cuando pide lluvia suave
El poderoso hace llover en su campo
Por eso sigo alimentando la esperanza
Y tengo fe en que saldré de mi fosa
Escrita por: Nonô Basílio