Bolero de Satã

Você penetrou como o sol da manhã
E em nós começou uma festa pagã
Você libertou em você a infernal cortesã
E em mim despertou esse amor
Atormentado e mal de Satã
Você me deixou como o fim da manhã
E em mim começou esse angústia, esse afã
Você me plantou a paixão imortal e mal sã
Que me enraizou e será meu maldito final amanhã
E agora me aperta a aflição
De chorar louco e só de manhã
É a seta do arco da noite
Sangrando-me agora
São lágrimas, sangue, veneno
Correndo no meu coração
Formando-me dentro esse pântano de solidão

Bolero de Satanás

Penetraste como el sol de la mañana
Y en nosotros comenzó una fiesta pagana
Has liberado en ti a la cortesana infernal
Y en mí despertó ese amor
Tormentado y malvado de Satanás
Me dejaste como al final de la mañana
Y en mí comenzó esta angustia, esta aflicción
Me plantaste una pasión inmortal y malvada
Eso me enraizó y mañana será mi maldito final
Y ahora me agarra de dolor
Para llorar loco y sólo por la mañana
Es la flecha del arco de la noche
Sangrándome ahora
Lágrimas, sangre, veneno
Corriendo en mi corazón
Me estoy formando dentro de ese pantano de soledad

Composição: Guinga / Paulo César Pinheiro