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Reserva de Dominio

Mauro Duarte

Reserva de Domínio

Um coração tão machucado
Como o meu
Não tem mais forças pra aguentar uma outra dor
Já está cansado de aventuras
Foram tantas amarguras
Tá difícil de encarar
Um novo amor

Mas sei que muitas insistências vão surgir
Com a carência que hoje existe por aí
Pois a alma aflita pelo tédio
Mediante tanto assédio
Se também se descuidar vai sucumbir

Mas tem que suportar
Sem se preocupar
Com as palavras atiradas pelo chão
Com as promessas perturbando o coração
São juras e mais juras desvairadas
Que eu presumo aparecer

Mas pra não sofrer
Tenho que me armar
Pro domínio não perder
Sei que água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura
E é o que não pode acontecer

Reserva de Dominio

Un corazón tan lastimado
Como el mío
Ya no tiene fuerzas para soportar otro dolor
Está cansado de aventuras
Han sido tantas amarguras
Es difícil enfrentar
Un nuevo amor

Pero sé que muchas insistencias surgirán
Con la necesidad que hoy existe por ahí
Pues el alma afligida por el aburrimiento
Ante tanto acoso
Si también se descuida, sucumbirá

Pero hay que aguantar
Sin preocuparse
Por las palabras arrojadas al suelo
Por las promesas perturbando el corazón
Son juramentos y más juramentos desquiciados
Que supongo aparecerán

Pero para no sufrir
Tengo que armarme
Para no perder el dominio
Sé que el agua blanda en piedra dura
Tanto golpea hasta que perfora
Y eso es lo que no puede suceder

Escrita por: Paulo César Pinheiro / Mauro Duarte