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Camaleón

Maximo Mansur

Camaleão

Sou camaleão
Sou transformação em transformação

Tento caminhar entre e ar e o ar
Entre o vão e o vão

Se eu não me encontrar
Vou continuar sem chegar ao fim

Eu sonho em acordar
Na tribo que há entre o eu e o mim

Refrão:
E no círculo sagrado que haverá
Sem cachimbo da paz e sem cauym
O reverso das mil portas se abrirá
E eu vou me encontrar enfim

Tudo que vivemos
É tudo que temos
Não vou esquecer

Eu sou meus próprios passos
Escrevo em meu espaço
O que quero ler

E pouso sem escala
Sou um mestre sala
E a porta bandeira

E eu que fui portela
Hoje não sou dela
Mas não sou mangueira

Refrão


Tenho novos rumos
Tento novos fumos
Vôo sem cheirar

Parto pelo mundo
Aborto profundo
Porto de além mar

Corcunda de notre dame
Cyrano de bergerac?
Macunaíma, sei lá

Eu sei que eu tenho fome
De saber meu nome
Saber meu lugar

Camaleón

Soy camaleón
Soy transformación en transformación

Intento caminar entre el aire y el aire
Entre el vacío y el vacío

Si no me encuentro
Seguiré sin llegar al final

Sueño con despertar
En la tribu que hay entre el yo y el mí

Coro:
Y en el círculo sagrado que habrá
Sin pipa de la paz y sin cauim
El reverso de las mil puertas se abrirá
Y finalmente me encontraré

Todo lo que vivimos
Es todo lo que tenemos
No olvidaré

Soy mis propios pasos
Escribo en mi espacio
Lo que quiero leer

Y aterrizo sin escalas
Soy un maestro de ceremonias
Y la portaestandarte

Y yo que fui portela
Hoy no soy de ella
Pero no soy mangueira

Coro

Tengo nuevos rumbos
Pruebo nuevos humos
Vuelo sin oler

Parto por el mundo
Aborto profundo
Puerto de ultramar

¿Jorobado de notre dame?
¿Cyrano de bergerac?
Macunaíma, quién sabe

Sé que tengo hambre
De saber mi nombre
Saber mi lugar

Escrita por: Máximo Mansur / Paulo Dagumé