395px

Sadamça

Memorias de Um Caramujo

Sadamça

Hoje li no jornal
Minha sentença, foi decretada
Vou ser enforcado, em praça pública
Desonrado

Não, não há saída
É o fim da vida
É injustiça

Vamos, me dê a mão
Logo vou partir
Não vou voltar
Por aqui

Execução
Iminente
Já
Temos, provas suficiente
Já
Encontramos
Evidências
De um crime, hediondo e cruel
Contra toda, população
E cabeças rolarão

Todo dia o meu conhecimento
Ultrapassa as barreiras do intelecto animal
Todo dia escovo meu bigode e comigo ninguém pode
Sou um grande pensador

Tenho em minhas costas sete furos
Por onde vejo o futuro, dentro de um computador
Sou um fruto de uma experiência
Sou o filho da ciência com instinto matador

Sadamça

Hoy leí en el periódico
Mi sentencia, ha sido decretada
Seré ahorcado, en la plaza pública
Desonrado

No, no hay escapatoria
Es el fin de la vida
Es injusticia

Vamos, dame la mano
Pronto me iré
No volveré
Por aquí

Ejecución
Inminente
Ya
Tenemos pruebas suficientes
Ya
Encontramos
Evidencias
De un crimen, horrendo y cruel
Contra toda la población
Y rodarán cabezas

Cada día mi conocimiento
Supera las barreras del intelecto animal
Cada día peino mi bigote y conmigo nadie puede
Soy un gran pensador

Tengo en mi espalda siete agujeros
Por donde veo el futuro, dentro de una computadora
Soy fruto de una experiencia
Soy el hijo de la ciencia con instinto asesino

Escrita por: Gabriel Milliet