Feito uma faísca que se ascende e perde a luz
Num estalar, o tempo passa por nós
Sigo caminhando sei que um dia gravarei
Minhas memória nesse mundo

Em meus sonhos vivo o que nunca pude ter
A chance de destruir o que eu bem desejar
Um pensamento a fluir
Coloca em minhas mãos poder

Nada verdadeiro ou ideal é maior do que a visão
Mesmo que me deixe aqui, acorrentado pela dor
Os impulsos, como fogo, irão incendiar
Esse coração que tanto esperou
Justiça encontrar

Falsidade, medo, traição e ressentir
Não são mais fraquezas dentro de mim
Mas que uma razão mais que uma voz, irei ouvir
Na solidão não há destino!

Não se vê estrelas mesmo quando a noite vem
Poderosos erguem edifícios sob o céu
Eu me pergunto, onde estou?
Talvez perdido aqui nesse caos

Como se a cidade me chamasse a com ela me manchar
E amar esse destino que não pertence a mim
No final dessa estrada só quero encontrar
Quem estenda a mão e entenda o valor que tento guardar

Os meus olhos cobri
Pra ir ao mar do meu compreender
Tudo em que persisti diz que
O meu momento chegou pro sonho alcançar

Se quer tanto esse mundo, irá apodrecer
Se escolher esse lugar, vai de sua vida desistir
Tenha o que ninguém já teve, o que ninguém sonhou
Busque o que está em seu interior, se renda ao seu eu

Traga a tona cada sentimento que ocultou
E verá que os planos vão se cumprir
Eu ainda insisto em seguir e acreditar
É o meu destino absoluto

Feito uma faísca que se ascende e perde a luz
Num estalar o tempo passa por nós
Sigo caminhando sei que um dia gravarei
Minhas memória nesse mundo

Composição: Nato Viera