De manhã cedo, arranca a isca e se prepara
Rema que rema e dê-lhe remo sem parar
Passa um dia, passa outro e ainda é pouco
Fica doido, fica louco quando a linha quer correr

Quando à noitinha, de ronda, no acampamento
Tendo por quincha as estrelas e o chapéu
Ele compara a Lua que se destapa
Com uma piava cor de prata que fugisse para o céu

O pescador se vai, se vai
Remando a chalana no rio Uruguai

No outro dia, vem de volta do pesqueiro
Rema que rema e dê-lhe remo sem parar
Ele imagina vendo o Sol lá no horizonte
Que é um dourado cor de fogo que ele não pode pescar

O pescador se vai, se vai
Remando a chalana no rio Uruguai
O pescador se vai, se vai
Remando a chalana no rio Uruguai
O pescador se vai, se vai
Remando a chalana no rio Uruguai
O pescador se vai, se vai
Remando a chalana no rio Uruguai
O pescador se vai, se vai
Remando a chalana no rio Uruguai

Composição: Telmo de Lima Freitas