Doce de Coco

Venho implorar pra você repensar em nós dois
Não demolir o que ainda restou pra depois
Sabes que a língua do povo é costumaz traiçoeira
Quer incendiar, desordeira atear fogo ao fogo
Tu sabes bem quantas portas tem meu coração
E os punhais cravados pela ingratidão
Sabes também quanto é passageira nossa desavença
Não destrates o amor
Se o problema é pedir, implorar, vem aqui, fica aqui
Pisa aqui neste meu coração que é só teu, todinho teu
Escorraça e faz dele gato e sapato
E o inferniza, e o ameaça
Pisando, ofendendo, desconsiderando

E o descomposturando com todo rigor
Mas se tal não bastar, o remédio é tocar

Esse barco do jeito que está sem duas vezes se cogitar
Doce de coco, meu bombocado
Meu bom pedaço de fato és o esparadrapo
Que não desgrudou de mim

Mermelada de coco

He venido a suplicarte que nos reconsideres a los dos
No demores lo que queda para más tarde
Sabes que el lenguaje de la gente es a menudo traicionero
¿Quieres incendiar, incendiar el desorden?
¿Sabes cuántas puertas tiene mi corazón?
Y las dagas talladas con ingratitud
También sabes lo fugaz que es nuestra pelea
No desentrañar el amor
Si el problema es preguntar, rogar, ven aquí, quédate aquí
Ven aquí en este corazón mío que es solo tuyo, todo tuyo
Escurrir y hacer que el gato y el zapato
Y lo convierte en el infierno, y lo amenaza
Pisar, ofender, faltar al respeto

Y descomponerlo con todo rigor
Pero si eso no es suficiente, el remedio es tocar

Este barco de la manera en que no se trata dos veces
Dulces de coco, mi pudín
Mi buen traje eres la cinta
Eso no me dejará ir

Composição: Hermínio Bello de Carvalho / Jacob Do Bandolim