Caminhando eu percebi o horizonte
Linhas me mostram aonde devo ir
Alucinado e perdido as ruas me cortam
Dentro do meu mundo que me faz sentir
Tento imaginar e acabo perdido
Como monte de gente que grita
Se escondendo de uma vida sem sentido
Nos mostrando passos para numa reta seguir
Não há fato eterno nem verdade absoluta
Me desprendo da moral e de conversas estúpidas
Querendo mudar o que não se muda
Sou jogado num teatro
De histórias imundas
Mesmo livre, me vejo preso
Sinto na pele as façanhas do sistema
Que cada vez mais nos fazem de idiotas
Ao andar por avenidas
Reconheço muitos personagens
Tão iguais, tão sempre os mesmos
Sem bagagem ou identidade
Não há fato eterno nem verdade absoluta
Me desprendo da moral e de conversas estúpidas
Querendo mudar o que não se muda
Sou jogado num teatro
De histórias imundas