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Cada carrito tiene una pequeña nave negra

O Rappa

Todo Camburão Tem Um Pouco de Navio Negreiro

Tudo começou quando a gente conversava
Naquela esquina alí
De frente àquela praça
Veio os homens
E nos pararam
Documento por favor
Então a gente apresentou
Mas eles não paravam
Qual é negão? Qual é negão?
O que que tá pegando?
Qual é negão? Qual é negão?

É mole de ver
Que em qualquer dura
O tempo passa mais lento pro negão
Quem segurava com força a chibata
Agora usa farda
Engatilha a macaca
Escolhe sempre o primeiro
Negro pra passar na revista
Pra passar na revista

Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro

É mole de ver
Que para o negro
Mesmo a AIDS possui hierarquia
Na África a doença corre solta
E a imprensa mundial
Dispensa poucas linhas
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Comparado, comparado
Ao que faz com qualquer
Figurinha do cinema
Ou das colunas sociais

Todo camburão tem um pouco de navio negreiro
Todo camburão tem um pouco de navio negreiro

Cada carrito tiene una pequeña nave negra

Todo empezó cuando hablamos
Esa esquina de ahí
Frente a esa plaza
Vinieron los hombres
Y nos detuvo
Documento por favor
Así que presentamos
Pero no se detuvieron
¿Qué es negro? ¿Qué es negro?
¿Que estas obteniendo?
¿Qué es negro? ¿Qué es nigger?

Es fácil de ver
Que en cualquier dureza
El tiempo pasa más lento para el negro
Que sujetó el látigo con fuerza
Ahora usa uniforme
Activa el mono
Elige siempre el primero
Negro para pasar la revista
Para pasar en la revista

Cada camioneta tiene un pequeño barco de esclavos
Cada camioneta tiene un pequeño barco de esclavos

Es fácil de ver
Eso para el negro
Incluso el SIDA tiene una jerarquía
En África la enfermedad corre desenfrenada
Y la prensa mundial
Se requieren pocas líneas
Comparado, comparado
Que haces con cualquier
Pegatina de película
Comparado, comparado
Que haces con cualquier
Pegatina de película
O columnas sociales

Cada camioneta tiene un pequeño barco de esclavos
Cada camioneta tiene un pequeño barco de esclavos

Escrita por: Marcelo Yuka