Décimo Sexto
Outro dia eu vi na sua casa
uma coisa minha que eu já nem lembrava
Eu não sei sentir sem me cortar
Eu não sei doer sem sangrar
Lá embaixo os carros ultrpassam
sento e me desfaço
Eu não sei correr sem tropeçar
Eu não sei doer sem sangrar
Eu não vou mais dormir na sua casa
Eu não vou mais ligar de madrugada
Eu não vou mais chorar na calçada
Eu não vou mais...
Da sacada é cada vez mais alto
eu tiro meu chinelo pra voar descalço
Eu não sei cair sem me machucar
Eu não sei doer sem sangrar
Ná janela esbarro e quebro o vaso
ainda junto os cacos do seu retarto
Eu não sei doer sem sangrar
Prá provar o amargo do amor
Sentiu na carne a dor
Pôs sua alma em jogo
Do lugar mais alto q pode alcançar
como um anjo quis voar.
Décimo Sexto
Otro día vi en tu casa
algo mío que ni recordaba
No sé sentir sin cortarme
No sé doler sin sangrar
Abajo los autos pasan
me siento y me deshago
No sé correr sin tropezar
No sé doler sin sangrar
Ya no dormiré más en tu casa
Ya no llamaré de madrugada
Ya no lloraré en la vereda
Ya no lo haré más...
Desde el balcón cada vez más alto
me quito las sandalias para volar descalzo
No sé caer sin lastimarme
No sé doler sin sangrar
En la ventana choco y rompo el jarrón
aún junto los pedazos de tu retrato
No sé doler sin sangrar
Para probar lo amargo del amor
Sintió en carne propia el dolor
Puso su alma en juego
Desde el lugar más alto que puede alcanzar
como un ángel quiso volar.