Eu Vou No Vanerão
Não danço onde tem fumaça, nem com som de caminhão
Nem na rua, nem na praça, pois meu chão é no galpão.
Na luz negra não me encontro, perco até a direção
Raio laser fico tonto, gosto mesmo de lampião.
Cada um tem o seu toque, sertanejo até sambão
Quem quiser que dance rock, eu só vou de vanerão.
Eu vou de vanerão,
Eu vou de vanerão;
Pois não quero ficar louco
Fumaça e pó de reboco pra bem longe do galpão.
Por não gostar de carancho não danço em tasca de zona
Gosto de baile de rancho com bochincho de cordeona
Tem uns que ficam bem louco dançando com as gasguitas
Eu finco o facão no toco e colho as flores das chitas.
Uns dançam pra tirar a estafa ou pra não ficar lelé
Tem quem senta na garrafa, tem quem vai no arasta-pé.
Yo voy al Vanerão
No bailo donde hay humo, ni con el sonido de camiones
Ni en la calle, ni en la plaza, porque mi lugar es en el galpón.
En la luz negra no me encuentro, pierdo hasta la dirección
Un rayo láser me marea, realmente prefiero la lámpara.
Cada uno tiene su estilo, desde lo sertanejo hasta el sambón
Quien quiera que baile rock, yo solo voy al vanerão.
Yo voy al vanerão,
Yo voy al vanerão;
Porque no quiero enloquecer
Humo y polvo de revoque lejos del galpón.
Por no gustarme los alborotadores no bailo en lugares de mala muerte
Me gusta el baile del rancho con el sonido del acordeón
Hay algunos que se vuelven locos bailando con las guitarras
Yo clavo el cuchillo en el tocón y recojo las flores de las chitas.
Unos bailan para despejarse o para no volverse locos
Hay quienes se sientan en la botella, hay quienes van al arrastre.
Escrita por: J. Vieira / Luiz C. Lanfredi / Vaine Darde