Cantando Minha Palmeira
Amigos me dão licença
Que o assunto é bem profundo
Depois de toda uma ausência pelas estradas do mundo
Pra rever minha querência venho lá de Passo Fundo
Ao chegar de trote largo já ouço o gado que berra
Amigo me dá um trago sou criolo desta terra
Quero cantar o meu pago quero cantar minha terra
Na minha taba que avossa entre o sitio de Palmeira
Com os índios da palhoça passei a infância faceira
Dobrei o milho na roça lacei o boi na mangueira
Cortei lenha de machado isso tudo aconteceu
Fui quebra fui mui largado na vida que Deus me deu
Sou Palmerense extraviado e todos sabem quem sou eu
Nestes versos que redijo e todos que fiz no rincão
No trabalho dei de rijo meu labor não foi em vão
Puxei erva pro carijó tomei mate no galpão
Palmeira lá das missões de toda revolução
Do gargo muito altaneiro velho lendário torrão
Quem não exalta Palmeira do bom mate chimarrão
Teu passado já tem sido briosa de suas tendas
Não foi toca de bandido como dizia as lendas
Hoje vive agradecido nas cidades nas fazendas
Teve o nome sempre envolto nas lembranças dos seus filhos
Berço de gaúcho afoito bem seguro no gatilho
Na base do trinta e oito ninguém bate seus caudilhos
Nunca dormiu na trincheira ao lado de sua garruncha
Eu canto em rima ligeira é uma verdade que puxa
Recordo minha Palmeira que foi esparta gaúcha
Minha gente com licença vai terminar esta trova
Me desculpem a cadência e aqui deixo esta prova
Eterno amor a querência e a minha Palmeira nova
Eterno amor a querência e a minha Palmeira nova
Cantando Mi Palmeira
Amigos, permítanme
Que el tema es bastante profundo
Después de toda una ausencia por las carreteras del mundo
Para revisitar mi tierra natal vengo desde Passo Fundo
Al llegar al trote largo ya escucho al ganado mugir
Amigo, dame un trago, soy criollo de esta tierra
Quiero cantar mi pago, quiero cantar mi tierra
En mi aldea que se extiende entre el lugar de Palmeira
Con los indios de la choza pasé una infancia alegre
Doblé el maíz en el campo, lazo al toro en el corral
Corté leña con el hacha, todo esto sucedió
Fui quebrado, fui muy abandonado en la vida que Dios me dio
Soy un palmerense extraviado y todos saben quién soy
En estos versos que escribo y todos los que hice en el rincón
En el trabajo di lo mejor de mí, mi labor no fue en vano
Corté pasto para el carijó, tomé mate en el galpón
Palmeira de las misiones, de toda revolución
Con el gargajo muy altanero, viejo y legendario terruño
Quien no exalta a Palmeira del buen mate chimarrón
Tu pasado ha sido valiente desde sus tiendas
No fue guarida de bandidos como decían las leyendas
Hoy vive agradecida en las ciudades y en las estancias
Tu nombre siempre envuelto en los recuerdos de tus hijos
Cuna de gauchos valientes, seguros con el gatillo
En la base del treinta y ocho, nadie supera a tus caudillos
Nunca dormiste en la trinchera junto a tu fusil
Canto en rima ligera, es una verdad que arrastra
Recuerdo mi Palmeira, que fue espartana gaucha
Amigos, con permiso, voy a terminar esta trova
Disculpen mi cadencia y aquí dejo esta prueba
Amor eterno a la tierra natal y a mi Palmeira nueva
Amor eterno a la tierra natal y a mi Palmeira nueva