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Viento Pampero

Oswaldir E Carlos Magrão

Vento Minuano

Eu nasci lá no Rio Grande do Sul deste meu país
Gauderiando pelos pagos na terra plantei raiz
Eita, saudade danada do povo que lá deixei
Do meu pai e minha mãe e da mulher que eu amei

Ei, vento minuano
Cansei de viver vagando quero ouvir o teu cantar
Ei, vento mensageiro
Negrinho do pastoreio, prenda minha vou voltar

Os campos da minha terra parecem um lençol dourado
O trigo todo plantado ondulando pelos pampas
Quero-quero na coxilha cantando ao entardecer
Parece que está chorando saudade de um bem querer

A distância nos separa meu doce pago querido
Mas não estou esquecido do gosto do chimarrão
E a minha China por certo também não me esqueceu
Tão logo permita Deus vou voltar pro meu rincão

Viento Pampero

Nací allá en Rio Grande do Sul de este país mío
Gauchoando por los campos en la tierra planté raíz
Ay, qué nostalgia maldita del pueblo que dejé allá
De mi padre y mi madre y de la mujer que amé

Hey, viento pampero
Cansado de vagar, quiero escuchar tu cantar
Hey, viento mensajero
Negrito del pastoreo, mi prenda, volveré

Los campos de mi tierra parecen un pañuelo dorado
El trigo todo sembrado ondeando por los pampas
Teru-teru en la colina cantando al atardecer
Parece que llora añoranza de un amor perdido

La distancia nos separa de mi dulce pago querido
Pero no he olvidado el sabor del mate
Y mi China seguramente tampoco me ha olvidado
Tan pronto lo permita Dios, volveré a mi terruño

Escrita por: Joel Marques