395px

Boiadeiro Errante

Otávio Augusto e Gabriel

Boiadeiro Errante

Eu venho vindo de uma querência distante
Sou um boiadeiro errante
Que nasceu naquela serra
O meu cavalo corre mais que o pensamento
Ele vem no passo lento
Porque ninguém me espera
Tocando a boiada, uê-uê-uê, boi
Eu vou cortando estrada, uê, boi
Tocando a boiada, uê-uê-uê, boi

Eu vou cortando estrada
Toque o berrante com capricho, Zé Vicente
Mostre para essa gente o clarim das alterosas
Pegue no laço, não se entregue, companheiro
Chame o cachorro campeiro
Que essa vez é perigosa
Olhe na janela, uê-uê-uê, boi
Que lindas donzelas, uê, boi
Olhe na janela, uê-uê-uê, boi

Que linda donzela
Sou boiadeiro, minha gente, o que é que há?
Deixe o meu gado passar
Vou cumprir com a minha sina
Lá na baixada, quero ouvir a seriema
Pra lembrar de uma pequena
Que eu deixei lá em Minas
Ela é culpada, uê-uê-uê, boi
De eu viver nas estradas, uê, boi
Ela é culpada, uê-uê-uê, boi

De eu viver nas estradas
O rio tá calmo e a boiada vai nadando
Veja aquele boi berrando
Chico Bento, corre lá
Lace o mestiço, salve ele das piranhas
Tire o gado da campanha
Pra viagem continuar
Com destino a Goiás, uê-uê-uê, boi
Deixei Minas Gerais, uê, boi
Com destino a Goiás, uê-uê-uê, boi
Deixei Minas Gerais, uê, boi

Boiadeiro Errante

Vengo llegando de una tierra lejana
Soy un vaquero errante
Que nació en esa sierra
Mi caballo corre más rápido que el pensamiento
Viene al paso lento
Porque nadie me espera
Guiando al ganado, ué-ué-ué, boi
Voy cortando camino, ué, boi
Guiando al ganado, ué-ué-ué, boi

Voy cortando camino
Toca el cuerno con esmero, Zé Vicente
Muestra a esta gente el clarín de las alturas
Agarra el lazo, no te rindas, compañero
Llama al perro de campo
Que esta vez es peligrosa
Mira por la ventana, ué-ué-ué, boi
Qué bellas doncellas, ué, boi
Mira por la ventana, ué-ué-ué, boi

Qué bella doncella
Soy vaquero, mi gente, ¿qué pasa?
Dejen pasar a mi ganado
Voy a cumplir con mi destino
En la bajada, quiero escuchar a la seriema
Para recordar a una pequeña
Que dejé en Minas
Ella es culpable, ué-ué-ué, boi
De que viva en los caminos, ué, boi
Ella es culpable, ué-ué-ué, boi

De que viva en los caminos
El río está tranquilo y el ganado va nadando
Mira a ese toro berreando
Chico Bento, ve allá
Lanza al mestizo, sálvalo de las pirañas
Saca al ganado del campo
Para que el viaje continúe
Con destino a Goiás, ué-ué-ué, boi
Dejé Minas Gerais, ué, boi
Con destino a Goiás, ué-ué-ué, boi
Dejé Minas Gerais, ué, boi

Escrita por: Teddy Vieira