Não há

Já não há mais o vagar dos olhares envergonhados
Agora tudo é discreto,até já esqueces o passado
Se te perguntarem se estive ausente
Vão ouvir dizer que não me vendo nem me dou a toda a gente

Não há ninguem como tu,tão diferente
Não há ninguém como havia antigamente

As pessoas que tu vês no meio das avenidas
Todos procuram assentos,já nem ligam ao dia-a-dia

Os mendigos que se escondem nas arcadas divididas
Fumando definitivos,deitando contas à vida

E se alguém notar a tua indiferença
Diz-lhes que o acaso é mera coincidência

Não há ninguém como tu,tão diferente
Não há ninguém como havia antigamente

Antigamente era diferente-Não há,não há
Antigamente era diferente-Não há,não há

No hay

Ya no existe el errante de miradas tímidas
Ahora todo es discreto, olvidas el pasado
Si te preguntan si he estado fuera
Oirás que no me vendo ni me entrego a todos

No hay nadie como tú, tan diferente
No hay nadie como antes

La gente que ves en medio de las avenidas
Todo el mundo está buscando asientos, ya no les importa la vida cotidiana

Los mendigos que se esconden en las arcadas divididas
Fumar definitivamente, poniendo cuentas a la vida

Y si alguien nota tu indiferencia
Diles que la oportunidad es mera coincidencia

No hay nadie como tú, tan diferente
No hay nadie como antes

Solía ser diferente — No hay, no hay
Solía ser diferente — No hay, no hay

Composição: João Pedro Pais