395px

Navalha

Paulo Braz

Navalha.

Hoje o frio parece cortar como uma navalha enferrujada chegando no coração
E o vento parece soprar o medo que eu tento vencer

Se eu ao menos tivesse a tua voz
Pra me manter acordado enquanto o mundo gira apressado e eu não sei o que fazer
Se eu a menos tivesse a tua mão tirando a dor do meu peito, me fazendo viver

Eu andei sobre pedaços de vidros
Deitei em cama de pregos
Um cedo de olhos abertos

O mal não era o meu ego inflado
Mas o medo uma pedra no sapato
Todo dia a mesma história
Sem coragem pra inverter

Eu tentei fazer revolução
Mas não se faz quando não tem razão
Quantas noites de lua eu perdi olhando pro chão
Alimentando essa dor
Essa navalha no coração

Se eu ao menos tivesse a tua voz
Pra me manter acordado enquanto o mundo gira apressado e eu não sei o que fazer
Se eu a menos tivesse a tua mão tirando a dor do meu peito, me fazendo viver

Navalha

Hoy el frío parece cortar como una navaja oxidada llegando al corazón
Y el viento parece soplar el miedo que intento vencer

Si al menos tuviera tu voz
Para mantenerme despierto mientras el mundo gira apresurado y no sé qué hacer
Si al menos tuviera tu mano quitando el dolor de mi pecho, haciéndome vivir

Caminé sobre pedazos de vidrio
Me acosté en una cama de clavos
Una mañana con los ojos abiertos

El mal no era mi ego inflado
Sino el miedo como una piedra en el zapato
Cada día la misma historia
Sin valor para cambiar

Intenté hacer una revolución
Pero no se hace cuando no hay razón
Cuántas noches de luna perdí mirando al suelo
Alimentando este dolor
Esta navaja en el corazón

Si al menos tuviera tu voz
Para mantenerme despierto mientras el mundo gira apresurado y no sé qué hacer
Si al menos tuviera tu mano quitando el dolor de mi pecho, haciéndome vivir

Escrita por: