395px

Ego Aplastado

Paulo Pinheiro

Ego Esmagado

Ego esmagado
Pulsar impulsionado
Covardia vadia
Preço opressor de ser mero expectador
Da sua própria história

Não há culpa ou acidentes
Sobram sobreviventes
Impotência? Desconfiança?
Afinal o quê?

Rito irritante
Reprise aprisionante
Vassalagem da imagem
Pernas para o ar, negligente despertar
Da sonolenta memória

No escuro não há estrada
Fúria enclausurada
Inexato? Desconhecido?
Como se saber?

Enxergar a luz do início do túnel
Do beiral do precipício saltar
Debruçar-se sobre as próprias ideias
Descobrir-se o ego, o próprio lugar

Medo de mudança
Segura insegurança
Alter ego de cego
Fuga do poder pra ficar e descrever
A sua falsa vitória

Das feridas do seu limite
Sangra a dinamite
Quando o ego gritar da alma
Hora de voar

Ego Aplastado

Ego aplastado
Impulso pulsante
Cobardía inútil
Precio opresor de ser mero espectador
De su propia historia

No hay culpa ni accidentes
Sobran sobrevivientes
¿Impotencia? ¿Desconfianza?
¿Después de todo qué?

Rito irritante
Repetición aprisionante
Sumisión a la imagen
Piernas arriba, despertar negligente
De la somnolienta memoria

En la oscuridad no hay camino
Furia encerrada
¿Inexacto? ¿Desconocido?
¿Cómo saberlo?

Ver la luz al final del túnel
Saltar desde el borde del precipicio
Inclinarse sobre las propias ideas
Descubrir el ego, el propio lugar

Miedo al cambio
Segura inseguridad
Alter ego ciego
Huir del poder para quedarse y describir
Su falsa victoria

De las heridas de su límite
Sangra la dinamita
Cuando el ego grite desde el alma
Es hora de volar

Escrita por: Paulo Pinheiro