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Tan

Paulo Vitor N

Tão

Você nunca me viu negar o seu prazer
E mesmo assim eu tenho pouco a te dizer
O que falta em mim é o que sobra de você
Sou a sede que seu rio vem abastecer
E não mata só me faz
Inquieto querer ainda mais

O pouco que vivi e o muito que sonhei
Me mostra a coragem que eu nunca alcancei
Vou no passo que meus pés decidirem
Estou em par com aquilo que encontrei
Não sei

Meu rosto é o descanso do meu tempo
Que me pesa e faz sorrir
Minh'alma pastoreia a doçura que senti e perdi
Sem ir

O rastro tão fíctil da sua voz
Narrou histórias e gostos
Que tua boca embalou
No meu rosto tem a fome de te sentir
Contando as farpas da tua pela da minha força
A ilusão do seu prazer desmonta o exército
Que guardava a sanidade aí
Longe de mim

Meu rosto é o descanso do meu tempo
Que me pesa e faz sorrir
Minh'alma pastoreia a doçura que senti e perdi
Sem ir

Tan

Nunca me has visto negar tu placer
Y aún así tengo poco que decirte
Lo que me falta es lo que te sobra
Soy la sed que tu río viene a abastecer
Y no mata, solo aumenta
Un deseo inquieto por más

Lo poco que viví y lo mucho que soñé
Me muestra el coraje que nunca alcanzé
Voy al ritmo que mis pies decidan
Estoy en sintonía con lo que encontré
No sé

Mi rostro es el descanso de mi tiempo
Que me pesa y me hace sonreír
Mi alma pastorea la dulzura que sentí y perdí
Sin ir

El rastro tan frágil de tu voz
Narró historias y gustos
Que tu boca arrulló
En mi rostro hay hambre de sentirte
Contando las espinas de tu piel con mi fuerza
La ilusión de tu placer desmonta el ejército
Que guardaba mi cordura ahí
Lejos de mí

Mi rostro es el descanso de mi tiempo
Que me pesa y me hace sonreír
Mi alma pastorea la dulzura que sentí y perdí
Sin ir

Escrita por: Paulo Vitor