Quero uma lua cheia, o sol que se incendeia lá no mar
Quero o baque do batuque
Eu quero o tom que desencadeia o som que põe meu povo pra dançar
Quero a chuva lavadeira da seca do sertão
Quero a luz atormentando, à toa, a tumba da paixão
Quero ares de criança
Coração
Quero uma odisséia, meu conto que seja um canto pros leais
O advento do alento
Eu quero o tempo que re-ateia aquele primeiro amor dos casais
Quero ver virar fumaça a trapaça e a traição
Se a dor se torna raiva nunca passa a aflição
Estou farto de vinganças
Coração
Quero andar sem direção
Ter motivo pra soltar um grito altivo e saltar sem razão
Quero o rito do prazer
Um agito pra vencer a solidão
Quero uma lua cheia
O sol que se incendeia lá no mar
Quero abrir a porta inteira, coração