Eu sempre quis pertencer, mas o preço era alto demais
Paguei com silêncio, e noites frias, que não voltam atrás
Nos golpes da vida, chorei, me perguntei por quê
Tentei me esforçar mais, tentei entender
Na solidão, de quase toda uma vida
Vi que muitos se escondem, uma máscara é uma saída
Não perdi tanta coisa, fiz de mim meu próprio abrigo
Mas é estranho, tão estranho, estar sempre só comigo
Eu quero pertencer, me encaixar
E meus cabelos brancos dizem: É hora de se aceitar
O mundo nos recebe com choro, dor e frio
Mas hoje me basto, não sou mais vazio
Eu quero pertencer
Mas não sei, aqui? (Não sei, aqui?)
Será que preciso entender
Que me basta ser? (Basta ser)
Eu quero pertencer
Mas não sei, aqui? (Não sei, aqui?)
Talvez não precise entender
Só me basta ser (basta ser)
Entre paredes frias de distância
E sonhos vazios da minha infância
Eu sigo, não por glória, não por poder
Mas por amor, por me entender
Viemos só, partimos sós
Mas a vida ecoa na minha voz
Mesmo no nó, mesmo no pó
Sou eu e serei nós
Eu quero pertencer
Mas não sei, aqui? (Não sei, aqui?)
Será que preciso entender
Que me basta ser? (Basta ser)
Eu quero pertencer
Mas não sei, aqui? (Não sei, aqui?)
Talvez não precise entender
Só me basta ser (basta ser)
Mais do que tudo aquilo que eu um dia tentei ser
Só agora tardio pupilo eu pude entender
De tanto buscar pertencer
Entendi que já o era, mesmo sem saber