Em vez de ter um, prefiro ter dois,
prefiro um pacote, uma caixa, um caminh?..
O homem ?empre aquilo que tem
por isso ?elhor ter e ter e ter.

Pois quando se tem se pode mostrar,
pode dividir e at?ode dar
inteiro, inteiro.
Pra quem quiser, pra qualquer um.

Um gole, uma mordida ou uma tragada,
uma carona, um teto e at?ma empregada.
Luxo, conforto,
pra quem quiser, pra qualquer um.

Eu sou meu chaveiro, eu sou meu isqueiro,
eu sou minha cole? de selos.
J?uis ser um monte, j?uis ser um teco,
mas agora o que eu quero ?er voc?

?que se eu for voc?u posso me usar,
me vangloriar ou at?e esconder
no quarto, no arm?o.
De qualquer um, menos de mim.

E ser meu bombeiro e minha enfermeira,
quaisquer das fantasias nossas.
Ser uma barriga, uns quatro nen?,
um bairro, um mundo inteiro e fim.

Composição: Rafael Castro