Eu canto as dores do mundo
Ao som do remo acenando
Rimas de leitos profundos
Que o peito vai desaguando

Eu levo em mim correntezas
Rebojos barcos errantes
Poemas fundas grandezas
Do barro azul dos instantes

Eu tiro versos das águas
Dos lagos rios e mares
Dos prantos gotas de mágoas
Sombras na luz dos olhares

Eu lavo as dores do mundo
Ao som do remo acenando
Rimas de leitos profundos
Que o peito vai navegando

Composição: Eliberto Barroncas