Fiz uma cova na areia
Pra enterrar minha mágoa
O mar invadiu a praia
Não encheu a cova d' água

Quando Deus formou o mundo
Trabalhou com perfeição
No mar no céu e na terra
O Mestre não pôs a mão
O mundo foi tão bem feito
Pra que tanta ingratidão?
Pra que saudade e tristeza?
Pra que desprezo e paixão?

Água do mar é salgada
Vocês vão saber porquê
São lágrimas de quem amo
Que não param de correr
De certo tempo pra cá
Minha gente o mar cresceu
Naquele mundão de água
A metade é pranto meu

Composição: Cezar França / Lourival dos Santos / Tião Carreiro