Já se encontrou só em pleno dia em meio a multidão
Já sentiu dó do engravatado de olhar vazio
Já descansou na sombra morna de um edifício
Já se deitou na rede de computadores se isso for possível

Se for possível, tingir o céu de azul pra sufocar o cinza
As flores no lugar da morte nas esquinas
Meu deus quanta saudade lá do meu sertão

Coração de concreto, tudo é abstrato, cidade grande
O macro e o micro por aqui se expandem
Deixando as pessoas cada vez mais sós

Se for possível, beber da fonte viva, água cristalina
Sem ar condicionado pra encurtar a vida
O brilho do luar ao lume do neon...
O brilho do luar ao lume do neon...
O brilho do luar ao lume do neon...

Composição: Alexandre Andrade / Ronaldo Sabino