Amiga
Amiga você não existe
Não me liga porque eu não atendo
Não me visita porque eu não te chamo
Eu nunca quis saber seu endereço
Amiga você não importa
Não opina, não sei do que gosta
Quando te encontro sempre é uma demora
E acho difícil de fazê-lo sóbria
Onde é que vai ser
Quem é que vai tá lá
Nem sei o que vestir
Não tô afim de me montar
Porque amiga, não sei o que se passa
Mas é assim, gosto tanto da minha casa e de mim
Minha bagunça, minha sujeira, meu jeitim
Amiga, sabe o que que isso, se adorar?
Mas a noite vem
Faz eu me calar
Todos estão lá
E eu estou sem ninguém
E outra vez, amiga
Quero te falar
Não, desculpa
Quero te ouvir
E já sinto saudade
Do que há de mais brega em você
E da felicidade
Que sei que é me perder em você
É sempre tarde, amiga
Que eu vejo que o que eu amo em você
É o que eu odeio em mim
Compañera
Compañera, tú no existes
No me llamas porque no contesto
No me visitas porque no te llamo
Nunca quise saber tu dirección
Compañera, tú no importas
No das tu opinión, no sé qué te gusta
Cuando te encuentro siempre es una demora
Y me resulta difícil hacerlo sobria
¿Dónde será?
¿Quién estará allí?
Ni siquiera sé qué ponerme
No tengo ganas de arreglarme
Porque, amiga, no sé qué pasa
Pero así es, me encanta mi casa y a mí
Mi desorden, mi suciedad, mi forma de ser
Compañera, ¿sabes qué es esto, adorarse?
Pero llega la noche
Y me hace callar
Todos están allí
Y yo estoy sin nadie
Y otra vez, amiga
Quiero hablarte
No, perdón
Quiero escucharte
Y ya siento nostalgia
De lo más cursi en ti
Y de la felicidad
Que sé que es perderme en ti
Siempre es tarde, amiga
Cuando veo que lo que amo de ti
Es lo que odio de mí