Acadêmicos da Abolição - Samba-Enredo 2019
Balança a saudade no peito
A dor pelos meus ancestrais
Mulheres (sem voz), sem direitos
Guerreiras dos próprios ais
Ecoa a voz dos porões, lamento
Senzala grita em obediência
E hoje à comunidade oprime
A luta se faz regime
Mas brotam as sentinelas
As filhas que pedem liberdade
O fim de toda a maldade
Eis a voz de todas elas
Ainda choram as lágrimas de outrora
O meu quilombo é chamado de favela
Enquanto o negro continua escravizado
Vai sonhando acordado vive uma quimera
África pequena fonte que traz recordação
Samba vem do terreiro de Ciata
Resistência! Na voz o clamor
Cantando em versos poemas de amor
Orgulho negro se fez imortal
Kizomba! É homenagem a Zumbi
Iluaê é tradição nagô
Pergunte ao criador
Quantas lágrimas na tela
Tem sangue banto colorindo essa aquarela
Negra flor, eis a senhora liberdade!
Escrevivência em poesia
Num canto negro, um pedido de igualdade
Avisa a casa grande, é chegada a Abolição
Escrita assinada pelas mãos de Conceição
Reescreve a história baseada no respeito
Contra toda a injustiça, pelo fim do preconceito
Acadêmicos da Abolição - Samba-Enredo 2019
Balancea la nostalgia en el pecho
El dolor por mis ancestros
Mujeres (sin voz), sin derechos
Guerreras de sus propios ayes
Resuena la voz de los sótanos, lamento
La senzala grita en obediencia
Y hoy oprime a la comunidad
La lucha se convierte en régimen
Pero brotan las centinelas
Las hijas que piden libertad
El fin de toda maldad
He aquí la voz de todas ellas
Todavía lloran las lágrimas de antaño
Mi quilombo es llamado favela
Mientras el negro sigue esclavizado
Sueña despierto, vive una quimera
África pequeña fuente que trae recuerdos
El samba viene del terreiro de Ciata
¡Resistencia! En la voz el clamor
Cantando en versos poemas de amor
El orgullo negro se hizo inmortal
¡Kizomba! Es un homenaje a Zumbi
Iluaê es tradición nagô
Pregúntale al creador
Cuántas lágrimas en la pantalla
Tiene sangre banto coloreando esta acuarela
¡Flor negra, he aquí la señora libertad!
Escritura en poesía
En un canto negro, un pedido de igualdad
Avisa a la casa grande, ha llegado la Abolición
Escrita y firmada por las manos de Conceição
Reescribe la historia basada en el respeto
Contra toda injusticia, por el fin del prejuicio
Escrita por: Jorginho Moreira / Junior Fionda / Lequinho / Manolo / WAGNER SANTOS / William do Salão