395px

Arranco desde Engenho de Dentro - Samba-Enredo 2023

Samba-Enredo

Arranco do Engenho de Dentro - Samba-Enredo 2023

Meu chão foi terra batida
Quinhão, fundamento
Pedaço de África: Engenho de Dentro
Raiz ancestral no destino de Ifá
O sangue malê no meu corpo alufá
O ponto é reza cantada
Axé de macumba
Quizombeiro da folia
Onde a arte fecunda

Mãe baiana ê, mãe de Samba
Pemba e Samboré
Canto de arengueiro
Pulsa a marcação, nasce uma bandeira
Pai na certidão de Mangueira

E das bandas do Estácio, Benedito e Ismael
Verde e rosa de Arturzinho e Cartola menestrel
Era dia de Oxóssi, batucada a noite inteira
Salve Paulo, Heitor, Caetano, Madureira!

Dos nossos cordões... Ô saudade
Enfeitava os barracões, fantasia a liberdade
Carnaval em sinfonia nas encruzas do Brasil
Cada casa, cada santo, cada bamba que surgiu
Sou verso luzindo na alvorada
Teu surdo infindo eterna morada
Hei de voltar pro meu canto. Raiz floresceu
Adeus, escola de samba, adeus
Venceu, a escola de samba venceu

Nas contas do Opelé
Em cada caminho de fé
Me guia ô me guia
Arranco é quilombo de Zé
É terra regada de axé
Onde a voz do Samba é alforria

Obá obá
Do subúrbio e da favela
Obá obá
No terreiro de Espinguela
Me chamam de Zé Espinguela!

Arranco desde Engenho de Dentro - Samba-Enredo 2023

Mi suelo era tierra batida
Porción, fundamento
Pedazo de África: Engenho de Dentro
Raíz ancestral en el destino de Ifá
La sangre malê en mi cuerpo alufá
El punto es rezo cantado
Axé de macumba
Quizombeiro de la fiesta
Donde el arte fecunda

Madre bahiana eh, madre de Samba
Pemba y Samboré
Canto de arenguero
Pulsa la marcación, nace una bandera
Padre en el certificado de Mangueira

Y de los lados de Estácio, Benedito e Ismael
Verde y rosa de Arturzinho y Cartola menestrel
Era día de Oxóssi, batucada toda la noche
¡Salve Paulo, Heitor, Caetano, Madureira!

De nuestros cordones... ¡Ay nostalgia!
Adornaba los barracões, fantasía la libertad
Carnaval en sinfonía en las encrucijadas de Brasil
Cada casa, cada santo, cada bamba que surgió
Soy verso brillando en el amanecer
Tu surdo infinito morada eterna
He de volver a mi canto. Raíz floreció
Adiós, escuela de samba, adiós
Venció, la escuela de samba venció

En las cuentas del Opelé
En cada camino de fe
Me guía oh me guía
Arranco es quilombo de Zé
Es tierra regada de axé
Donde la voz del Samba es liberación

Obá obá
Del suburbio y de la favela
Obá obá
En el terreiro de Espinguela
¡Me llaman Zé Espinguela!

Escrita por: Alexandre Magno Cordeiro / Antonio Carlos da Conceição / Gigi Da Estiva / João Afonso / Junior Fionda / Marcelo Pinto Soares / Niltinho Tristeza / Rafael Pereira Ribeiro / Rogério Santa Cruz / Tem-Tem Jr. / Vinicius Sarc