Engenho da Rainha - Samba-Enredo 2019
Desperta, rainha n'zinga, matamba
Nas folhas de um sonho a minha lembrança
Negra era a noite nessa imensidão
Cruzei o mar da ilusão
Africanizei o meu destino
Aportei no cais e conheci a dor
Ao som dos tambores, festejos, louvores
Ôôôô
Reluz a riqueza, cortejo de luz
O brilho do olhar conduz
O vento alastra, acende a chama na candeia
Vai trovejar, tem lua cheia
Pembelê, matamba, ela é oiá
Ilu ayê, oiá
Óh mãe guardiã, senhora do fogo
Trouxe esperança ao nosso povo!
Segui por caminhos que não temia
Ouvi o som da floresta ao entardecer
Um suntuoso palácio, onde reinava o axé
Eu de joelhos lhe peço perdão
Corre em seu rosto um pranto de amor
Negra mulher, é ela
D'bantu ou da favela
Canta Engenho da Rainha
Meu fio de contas, meu kelê
O vento que sopra e limpa avenida
É de ginga, é de angola, ê!
Engenho da Rainha - Samba-Enredo 2019
Despierta, reina n'zinga, matamba
En las hojas de un sueño mi recuerdo
Negra era la noche en esa inmensidad
Crucé el mar de la ilusión
Africanicé mi destino
Atracé en el muelle y conocí el dolor
Al son de los tambores, festejos, alabanzas
Ôôôô
Brilla la riqueza, cortejo de luz
El brillo de la mirada guía
El viento se expande, enciende la llama en la candela
Va a tronar, hay luna llena
Pembelê, matamba, ella es oiá
Ilu ayê, oiá
Oh madre guardiana, señora del fuego
¡Trajo esperanza a nuestro pueblo!
Seguí por caminos que no temía
Escuché el sonido del bosque al atardecer
Un suntuoso palacio, donde reinaba el axé
Yo de rodillas te pido perdón
Corre en tu rostro un llanto de amor
Mujer negra, es ella
D'bantu o de la favela
Canta Engenho da Rainha
Mi hijo de cuentas, mi kelê
El viento que sopla y limpia la avenida
Es de ginga, es de angola, ¡eh!
Escrita por: Andre Kaballa / Gilmar L. Silva / Hélio Maximus / João Perigo / Marcio de Deus / Márcio Mamede / Mauro Neguinho / Orlando Ambrosio / Renan Diniz / Richard Vale / Sérgio Rocco / Thiago Júlio Gela / Thiago Vaz / Wallace Oliveira