Pesadas trevas úmidas caíam
Palácio real em silêncio estava
E no fundo de um cárcere gemendo
Um prisioneiro tréguas murmurava

Ai de mim, ai de mim
Quanto me custa louco ideal
E um coração magoado
Amo e idolatro a pálida princesa
É só por ela é que eu vivo encarcerado

Ai de mim, ai de mim
Quanto me custa louco ideal
E um coração magoado
Amo e idolatro a pálida princesa
É só por ela é que eu vivo encarcerado

É visto um vulto tímido e alvejante
Como um fantasma que assomou à porta
Quem és, quem és?
Pergunto àquela imagem mísera morta

Morta não sou, eu sou a branca imagem
Trago no peito a alma ardente e louca
Ninguém vê, a sentinela dorme
Sou filha do rei, beije-me a boca

Ai de mim, ai de mim
Quanto me custa louco ideal
E um coração magoado
Amo e idolatro a pálida princesa
É só por ela é que eu vivo encarcerado

Composição: Silveira / José Martins de Macedo