Como se pode viver quando se mata uma nação
perdida na ilusão de uma mudez coletiva?
Como uma existência assim tão corroída
vai nos convencer de estarmos sempre bem?

- Fazer o quê?
A vida sempre vai ser
do mesmo jeito que é
desde antigamente.
- Mas é só ver:
o marco pode ser
você fazer o que quiser
e libertar sua mente.

Rasgue os pulsos, ela não tem mais
a mesma força que tinha anos atrás.
Veias abertas, deixe o sangue correr,
que já não podem mais nos deixar viver.

No coro desafinado dos descontentes e prejudicados,
nos gritos abafados que agora se agitam
a morte do destemido grande guerreiro vencido
ainda é presente e viva na mente dos banidos.


- Fazer o quê?
A vida sempre vai ser
do mesmo jeito que é
desde antigamente.
- Mas é só ver:
o marco pode ser
você fazer o que quiser
e libertar sua mente.

Rasgue os pulsos, ela não tem mais
a mesma força que tinha anos atrás.
Veias abertas, deixe o sangue correr,
que já não podem mais nos deixar viver.

Composição: Eliel Silveira / Moacir Marcos