Homenagem a Carolina
Sonhei, sonhei
Que estava morta
Vi um corpo no caixão
E em vez de flores eram livros em minhas mãos
Me revela quem eu sou Carolina
Me escrevi e nem todos aceitavam minha condição
Mulher negra, mãe solteira que tinha paixão
O preconceito dominou aCarolina
Muitas fugiam ao me ver
Pensando que eu não percebia
Outras pediam pra ler
Os versos que eu escrevia
Era papel que eu catava
Para custear o meu viver
E no lixo
Eu encontrava livros para ler
O meu sonho era esse escrever
E o mesmo de se ler
Trazendo-me outro mundo
E escrevo o que ninguém ousa fazer
Sobre fome e o não ter
Escrevo a realidade
Homenaje a Carolina
Soñé, soñé
Que estaba muerta
Vi un cuerpo en el ataúd
Y en lugar de flores eran libros en mis manos
Revela quién soy Carolina
Me escribí y no todos aceptaban mi condición
Mujer negra, madre soltera que tenía pasión
El prejuicio dominó a Carolina
Muchas huían al verme
Pensando que yo no me daba cuenta
Otras pedían leer
Los versos que yo escribía
Era papel que recogía
Para costear mi vida
Y en la basura
Encontraba libros para leer
Mi sueño era escribir
Y lo mismo de leer
Llevándome a otro mundo
Y escribo lo que nadie se atreve a hacer
Sobre el hambre y la carencia
Escribo la realidad
Escrita por: Taysa Raysa / Carolina Maria De Jesus