Um grito na beira do rio
Rio de águas sujas
Um céu colorido por cores quentes
Corrente profunda

Tão pouca água para uma lágrima
Desejando me afogar
Pouco a pouco perdendo o sentido
Um sonho distorcido

Aonde vai
Aonde vai
Aonde vai
Para trás!

Mas meu grito vai permanecer
Por ruas, bares e becos imundos
Sei que vai ecoar
Entre museus de outro mundo

Seu papel é me calar
Denunciar o meu fracasso
A minha voz solitária
A minha própria lucidez

Aonde vai
Aonde vai
Aonde vai
Para trás!

Composição: Victor Melo