Não há beleza
Flores são de papel
E a lua cheia branca
Vai sujando o céu
Pois não há beleza
A vela acesa queima o ar
E não consigo me afogar
Sem lágrimar.

Não há deslumbre
Flores são de jornal
Por-do-sol ao breu sucumbe
É triste o carnaval
Pois não há deslumbre
Da musa venta a cinza
A lama engole o lume
Uma dor sem vacina

Sem amor
Não há deslumbre ou beleza.

Mira a lua e atira
Até que a pedra caia
E alguma coisa fira
Ele não vai voltar
Inda assim ela pôe a mesa.

Composição: Alessandro Lustosa / Marcelo Buril / Tiago Gasta