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Francisco de Asís

Tião do Carro e Pagodinho

Francisco de Assis

Francisco de Assis

Sou eu que atravesso pisando mancinho
Na areia branquinha de um velho estradão
As vestes compridas calçando sandálias
Na minha cintura eu levo um cordão
No ombro eu carrego um manso pombinho
Que tem a clareza branquinha de um giz
Eu sou um andante viajeiro do mundo
Eu sou simplesmente Francisco de Assis

Sou eu que visito o cão machucado
Deitado no canto uivando de dor
Ao invés de remédio pro seu ferimento
Apenas derramo um pouquinho de amor

Às vezes me sento ao pé de um barranco
Quem passa na estrada nem olha pra mim
Estou no silencio ai conversando
Com um Louva-Deus na flor do capim
Depois eu retorno pras águas da fonte
E as aves canoras ali vêm se banhar
Estou novamente voando no espaço
E os ventos me levam pras águas do mar

Sou eu que visito o cão machucado
Deitado no canto uivando de dor
Ao invés de remédio pro seu ferimento
Apenas derramo um pouquinho de amor

Francisco de Asís

Francisco de Asís

Soy yo quien atraviesa pisando suavemente
En la arena blanquita de un viejo camino
Vistiendo túnicas largas y sandalias
En mi cintura llevo un cordón
En mi hombro cargo una mansa palomita
Que tiene la blancura clara de una tiza
Soy un caminante viajero del mundo
Soy simplemente Francisco de Asís

Soy yo quien visita al perro herido
Acostado en un rincón aullando de dolor
En lugar de medicina para su herida
Solo derramo un poquito de amor

A veces me siento al pie de un barranco
Quien pasa por la carretera ni siquiera me mira
Estoy en silencio ahí conversando
Con un Louva-Deus en la flor del pasto
Luego regreso a las aguas de la fuente
Y las aves cantoras vienen a bañarse allí
Estoy nuevamente volando en el espacio
Y los vientos me llevan a las aguas del mar

Soy yo quien visita al perro herido
Acostado en un rincón aullando de dolor
En lugar de medicina para su herida
Solo derramo un poquito de amor

Escrita por: Caetano Erba / Tiãodo Carro