Campeiro
Cinco palmo fais um metro, cinco metro dá um traço,
Multiplicado por cinco, vinte e cinco dá um bom laço.
Eu faço com garantia, por isso não me embaraço,
Só tranço couro mateiro para não haver fracasso.
Na ponta argola coqueiro, charros que eu mesmo faço,
Por isso tudo é seguro, vou golpiando só no braço.
Marruá fica amuado, sai na chincha do picaço,
Cavalo mestre de lida, marchadô de puro passo.
Minha morena queimada, meu ranchinho do riacho,
Sou caboclo resorvido, gosto de tudo que eu faço.
Berrante pra juntá gado, guaiaca pra guardar maço,
Meu revórve nequilado, que dá tiro no compasso.
Trabaio sempre contente, não sei o que é cansaço,
Sou devoto de São Jorge, rezo pra Deus no espaço.
No campo sou traquejado, não tem nada que eu não faço,
No catira me conhece: Caboclo Peito de Aço.
Campeiro
Cinco palmos hacen un metro, cinco metros hacen una línea,
Multiplicado por cinco, veinticinco hacen un buen lazo.
Lo hago con garantía, por eso no me enredo,
Solo trenzo cuero campero para que no haya fracaso.
En la punta argolla de coco, frenos que yo mismo hago,
Por eso todo es seguro, voy golpeando solo en el brazo.
El marruá se pone bravo, sale en la cincha del picaço,
Caballo maestro de trabajo, marchador de paso firme.
Mi morena bronceada, mi ranchito del arroyo,
Soy un hombre del campo resuelto, me gusta todo lo que hago.
Berrante para juntar ganado, guaiaca para guardar tabaco,
Mi revólver cargado, que dispara al compás.
Trabajo siempre contento, no sé lo que es cansancio,
Soy devoto de San Jorge, rezo a Dios en el espacio.
En el campo tengo experiencia, no hay nada que no haga,
En el catira me conocen: Campero Pecho de Acero.
Escrita por: Crioulo / Nhô Crispim / Tonico