Chora assum preto, chora azulão
Chora asa branca, chora meu sertão
Partiu pra longe o velho sanfoneiro
Ai, como a saudade dói

Ai, como a saudade dói
Ai, como a saudade dói

Ao oiar a passarada
Se mudando do sertão
E uma seca danada
Que matava as prantacão
Perguntou pra Deus do Céu
Por que tamanha judiação?

Por que tamanha judiação?

Chora assum preto, chora azulão
Chora asa branca, chora meu sertão
Partiu pra longe o velho sanfoneiro
Ai, como a saudade dói

Ai, como a saudade dói
Ai, como a saudade dói

Longe da terra amada
Teve um dia que ficar
Mais a sede da saudade
Que mostrava no cantar

Foi crescendo a cada dia
Lhe tangeu de lá pra cá
Foi crescendo a cada dia
Lhe tangeu de lá pra cá

Chora assum preto, chora azulão
Chora asa branca, chora meu sertão
Partiu pra longe o velho sanfoneiro
Ai, como a saudade dói

Ai, como a saudade dói
Ai, como a saudade dói

Hoje longe muitas léguas
Vejo no céu do sertão
Na estrela mais distante
O poeta do baião

Espiar de lá de cima
Com sodade do torrão
Espiar de lá de cima
Com sodade do torrão

Chora assum preto, chora azulão
Chora asa branca, chora meu sertão
Partiu pra longe o velho sanfoneiro
Ai, como a saudade dói

Ai, como a saudade dói
Ai, como a saudade dói

Composição: Tony Medeiros