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No sé qué hacer conmigo

Vespas Mandarinas

Não Sei o Que Fazer Comigo

Já tive que ir a missa obrigado
Já tentei ser um homem casado
Já aprendi a fingir meu sorriso
Já fui sincero e já tive juízo
Já troquei de lugar minha cama
Já fiz comédia, eu já fiz drama
Já ouvi cada voz que me chama
Eu já fui bom e já tive má fama

Já fui ético, antipático, fui poético, fui fanático
Fui apático, fui metódico, sem vergonha, fui caótico
Eu já li Paulo Coelho, eu já escutei tudo que era conselho
Eu já preguei o evangelho
Cheguei a achar que eu era velho

Já fiz tanta coisa que nem me lembro
Do que eu era contra ou fui a favor
O que me dava prazer, hoje só me dá dor
Nunca aprendi o que é o amor

E ouvi uma voz, que diz: Não há razão
Você sempre mudando, já não muda mais
E já que estou cada vez mais igual
Não sei o que fazer comigo

Já chorei de tanta mágoa
Já fiz tempestade em copo d'água
Já tentei a sorte na gringa, já aprendi que não tenho ginga
Eu já votei em tucano, já fui ovo-lacto-vegetariano
Insano, já fui santo e profano
Fiz na tua frente e por baixo dos pano

Já estudei teologia e não creio mais naquilo em que cria
Já sofri de claustrofobia, de teimosia e cleptomania
Já provei, já fumei, já tomei, já deixei
Assinei, viajei, já peguei
Já sofri, já iludi, já fugi, já assumi
Fui e voltei, afirmei e menti

E com toda essa falsidade
Minhas mentiras já são verdades
Já tive de tudo o que queria
E já me contentei com mixaria

E ouvi uma voz, que diz: Não há razão
Você sempre mudando, já não muda mais
E já que estou cada vez mais igual
Não sei o que fazer comigo

Já fui em cana, já tive grana
Passei rasteira em muito bacana
Opinei e me equivoquei
Nunca assumi pra ninguém que errei
Sem diploma, nem salário, já fui sócio majoritário
Já escrevi tanto nome no braço
Eu já preenchi tudo que era espaço

Fui psicólogo, fui astrólogo, já fui leigo, fui enólogo
Fui alcoólatra, fui atleta
Fui obeso e já fiz dieta
Já cuspi e mandei pro caralho
O lugar onde hoje eu trabalho
E agora eu só me distraio
Fazendo versão de rock Uruguaio

E ouvi uma voz, que diz: Não há razão
Você sempre mudando, já não muda mais
E já que estou cada vez mais igual
Não sei o que fazer comigo

E ouvi uma voz, que diz: Não há razão
Você sempre mudando, já não muda mais
E já que estou cada vez mais igual
Não sei o que fazer comigo

No sé qué hacer conmigo

ya tenia que ir a misa gracias
He intentado ser un hombre casado
He aprendido a fingir mi sonrisa
Fui sincero y ya tenia sensatez
ya me cambié de cama
He hecho comedia, he hecho drama
He escuchado cada voz que me llama
He sido bueno y he tenido mala fama

He sido ético, he sido antipático, he sido poético, he sido fanático
Fui apático, fui metódico, fui descarado, fui caótico
He leído a Paulo Coelho, he escuchado todos los consejos
Ya prediqué el evangelio
Llegué a pensar que era viejo

He hecho tantas cosas que ni siquiera recuerdo
¿En qué estaba yo en contra o a favor?
Lo que hoy me dio placer solo me da dolor
Nunca aprendí lo que es el amor

Y oí una voz que decía: No hay razón
Siempre estás cambiando, ya no cambias
Y como cada vez soy más igual
No se que hacer conmigo mismo

He llorado de tanto dolor
Ya hice una tormenta con una taza de té
Ya probé suerte en el mundo extranjero, ya aprendí que no tengo ginga
Ya voté por tucán, ya era ovolacto-vegetariana
Loco, una vez fui santo y profano
Lo hice delante de ti y detrás de escena

Ya estudié teología y ya no creo en lo que creía
He sufrido de claustrofobia, terquedad y cleptomanía
Lo probé, lo fumé, ya lo tomé, ya lo dejé
firmé, viajé, ya lo tengo
Ya sufrí, ya engañé, ya huí, ya asumí
Fui y volví, dije y mentí

Y con toda esta falsedad
Mis mentiras ya son verdades
He tenido todo lo que quería
Y ya estoy satisfecho con la mezcla

Y oí una voz que decía: No hay razón
Siempre estás cambiando, ya no cambias
Y como cada vez soy más igual
No se que hacer conmigo mismo

He estado en la caña, he tenido dinero
Me tropecé muy bien
Di mi opinión y me equivoqué
Nunca le admití a nadie que estaba equivocado
Sin título ni salario, alguna vez fui socio mayoritario
He escrito tantos nombres en mi brazo
Ya llené todo lo que era espacio

Fui psicólogo, fui astrólogo, fui lego, fui enólogo
Yo era alcohólico, era deportista
Yo era obeso y he estado a dieta
Ya escupí y lo mandé a la mierda
El lugar donde trabajo hoy
Y ahora solo me distraigo
Haciendo una versión rock uruguaya

Y oí una voz que decía: No hay razón
Siempre estás cambiando, ya no cambias
Y como cada vez soy más igual
No se que hacer conmigo mismo

Y oí una voz que decía: No hay razón
Siempre estás cambiando, ya no cambias
Y como cada vez soy más igual
No se que hacer conmigo mismo

Escrita por: Chuck Hipolitho / Thadeu Meneguini