Esta beleza que te enche de vaidade
E simboliza o teu poder de sedução
Quando mais nada te restar da mocidade
Será o albojo teu vazio coração

E tu que ris da força terna do carinho
Onde supremas emoções e madrigais
Envelhecendo não terás sequer um ninho
Porque semeias sofrimento e nada mais

A tua gloria viverá a existência de uma flor
E o meu talento para sempre te darás
Nos corações acalentados pelo amor
A tua gloria viverá a existência de uma flor
E o meu romântico coração viverá
Acalentado pelo amor

Nasci artista escravo eterno da beleza
Predestinado ao teu amor que não me quer
Para cantar a perfeição da natureza
Humanizada em tuas formas de mulher

E cantarei quando afinal chegar o outono
Do teu fastígio que tornou-me um sofredor
Porque sentindo a dor intensa do abandono
Verás a falta que nos faz um puro amor

Composição: Mário Rossi / Vicente Celestino