395px

Samba-Enredo 1995 - Cara o Cruz, Las Dos Caras de la Moneda

G.R.E.S Unidos de Vila Isabel (RJ)

Samba-Enredo 1995 - Cara Ou Coroa, As Duas Faces da Moeda

O cauri que eu vou jogar já foi dinheiro
O salário vem do sal que é tempero
No azul desse mar eu faço o meu Carnaval
Com a Vila levantando o meu astral

A Vila ao girar sua coroa
Mostra a cara na avenida
E diz que a vida sempre foi um troca-troca
A Arábia em duas faces se escondia
Atraindo pro Oriente os interesses da Europa
Ao aumentar suas fronteiras
Surgiram novas rotas financeiras
O ciclo da moeda refletia
O comércio das especiarias

O Eldorado Negro, império e tesouro
Taghaza transformava ouro em pó, em pó de ouro

Renascem da evolução novos filões
Entre o Ocidente regiões
Daí a cobiça tão viril
Caravelas aportaram no Brasil
Um paraíso, um colírio no olhar
Novo eldorado fez a corte delirar
Pregoeiros de riquezas
Pau-Brasil de mão em mão
Nosso chão virou senzala
Um mercado a escravidão
D. João trouxe o progresso
A inflação deixou de herança
No real, realidade é a esperança

Samba-Enredo 1995 - Cara o Cruz, Las Dos Caras de la Moneda

El chico que voy a lanzar ya fue dinero
El salario viene de la sal que es condimento
En el azul de este mar hago mi Carnaval
Con la Vila levantando mi ánimo

La Vila al girar su corona
Muestra la cara en la avenida
Y dice que la vida siempre ha sido un intercambio
Arabia se escondía en dos caras
Atrayendo hacia Oriente los intereses de Europa
Al expandir sus fronteras
Surgieron nuevas rutas financieras
El ciclo de la moneda reflejaba
El comercio de las especias

El Dorado Negro, imperio y tesoro
Taghaza convertía oro en polvo, en polvo de oro

Renacen de la evolución nuevos yacimientos
Entre Occidente y regiones
De ahí la codicia tan viril
Carabelas atracaron en Brasil
Un paraíso, un bálsamo para la vista
Nuevo El Dorado hizo delirar a la corte
Subastadores de riquezas
Pau-Brasil de mano en mano
Nuestra tierra se convirtió en esclavitud
Un mercado la esclavitud
D. João trajo el progreso
La inflación dejó como herencia
En el real, la realidad es la esperanza

Escrita por: André Diniz / Evandro Bocão