Doutor Meu Estudo É Pouco
Doutor meu estudo é pouco
Pra viver na capital
Nasci lá no pé da serra
Não fiz o primeiro grau
Meu professor foi o gado
E a escola o curral
Eu tenho as mão calejadas
E tenho o braço pesado
Corto o pau e faço estaca
E deixo o boi amarrado
Pra montar em bicho bravo
Sempre fui conceitoado
Eu deixei minha linda terra
Pra vir morar na cidade
Nunca pensei que o destino
Me fize-se essa maldade
So encontrei violência, desemprego e vaidade
Eu não fico mais na cidade
Que a vida é muito ruim
Não vejo o cantar do galo
Nem a grotas dos cupins
Essa saudade terrivel
Termina me dando um fim
Vou voltar pra minha terra
Pra passear nas ladeiras
Ver o açude correndo e
Tomar banho de cachoeira
Mantar em cavalo bravo
E efrentar as catingueiras
As minhas terras são boas
Que a natureza é quem faz
Estrada aberta e bem feita
Dos cascos dos animais
A saudade me devora
E eu ja não suporto mais
Na fazendo onde eu nasci
Tinha case grande e caiada
Um quartinho reservado
Que guarda toda troçada
Só resta a recordação
De meu pai tangendo a boiada
E ainda ontem eu sonhei
Com um pé de serra pedregoso
Com os carinhos de mamãe
Que em mim fica mais gostoso
Pro meu cantinho de infancia
Eu quero é voltar de novo
Doctor, Mi Estudio Es Poco
Doutor, mi estudio es poco
Para vivir en la capital
Nací al pie de la sierra
No completé la primaria
Mi maestro fue el ganado
Y la escuela el corral
Tengo las manos callosas
Y el brazo pesado
Corto la madera y hago estacas
Y dejo al toro amarrado
Para montar en un animal salvaje
Siempre fui respetado
Dejé mi hermosa tierra
Para venir a vivir en la ciudad
Nunca pensé que el destino
Me haría esta maldad
Solo encontré violencia, desempleo y vanidad
Ya no me quedo en la ciudad
Porque la vida es muy dura
No veo el canto del gallo
Ni las gotas de los termiteros
Esta terrible nostalgia
Termina por acabar conmigo
Voy a regresar a mi tierra
Para pasear por las colinas
Ver el embalse correr y
Tomar un baño en la cascada
Montar en un caballo salvaje
Y enfrentar los matorrales
Mis tierras son buenas
Porque la naturaleza es la que manda
Camino abierto y bien hecho
Por las pezuñas de los animales
La nostalgia me devora
Y ya no lo aguanto más
En la finca donde nací
Había una casa grande y encalada
Un cuartito reservado
Que guarda todos los recuerdos
Solo queda la memoria
De mi padre guiando al ganado
Y aún ayer soñé
Con un pie de sierra pedregoso
Con los mimos de mamá
Que en mí se sienten más dulces
Para mi rinconcito de infancia
Quiero regresar de nuevo