Entardecer

Um matiz caboclo
Pinta o céu de vinho
Pra morar sozinho
Todo o pago é pouco
Todo o céu se agita
O horizonte é louco
Num matiz caboclo
De perder de vista

Amada
Amada
Por viver sozinho
Não me apego a nada

O minuano rincha
Nas estradas rubras
Repontando as nuvens
Pelo céu arriba
O sol poente arde
Em sobrelombo à crista
Quando Deus, quando Deus artista
Vem pintar a tarde

Amada
Amada
Por viver sozinho
Não me apego a nada

Um matiz de chumbo
Predomina agora
É chegada a hora
De encontrar meu rumo
Ao seu olhar lobuno
Mais além do poente
Onde vive ausente
Meu sonhar reiúno

Amada
Amada
Por viver sozinho
Não me apego a nada

Borracho

Un tinte de caboclo
Pintar el cielo del vino
Para vivir solo
Todo pagado es poco
Todo el cielo está revolviendo
El horizonte es una locura
En un tono caboclo
Perder de vista

Amado
Amado
Para vivir solo
No me aferro a nada

La rincha minuano
En las carreteras rojas
Reponer las nubes
Por el cielo de arriba
El sol poniente arde
En la parte superior de la costilla
Cuando Dios, cuando Dios artista
Ven a pintar la tarde

Amado
Amado
Para vivir solo
No me aferro a nada

Un tinte de plomo
Predominan ahora
Ha llegado el momento
Para encontrar mi camino
Para tu mirada hombre lobo
Más allá del Oeste
Donde vives ausente
Mi rey de los sueños

Amado
Amado
Para vivir solo
No me aferro a nada

Composição: Antonio A. Ferreira / Ewerton Ferreira