395px

Tropa Refugo

Wilson Paim

Tropa Refugo

Venho lá do alegrete, repontando da fronteira
Pra refugo de ginete, uma tropa de primeira
Dez pilungos, quinze mulas aguentando desaforo
Trinta éguas, dois petiços e quatorze burro-chorros

Trinta é guas, dois petiços e quatorze burro-chorros

Levanta, sacode a crina, olha a estrada mula negra
Que até Santa Catarina neste passo tu não chega

Que até Santa Catarina neste passo tu não chega

Que até Santa Catarina neste passo tu não chega

Puxa que a vida é tirana
Pra tropeiro de refugo
Tirei muita lixiguana
Com foguitos de sabugo

E o sincero que não para
Dia e noite de tocar
Parece que a minha sorte
É que vai ficar por lá

Parece que a minha sorte
É que vai ficar por lá

E ao chegar no saladeiro
A tropa vai descansar
Das paisagens dos potreiros
Nunca mais vai se lembrar

E ao voltar para o meu pago
Vou sentir saudades dela
Só peço que não me espere
Com salame ou mortadela

Só peço que não me espere
Com salame ou mortadela

Levanta, sacode a crina, olha a estrada mula negra
Que até Santa Catarina neste passo tu não chega

Que até Santa Catarina neste passo tu não chega
Que até Santa Catarina neste passo tu não chega

Puxa que a vida é tirana
Pra tropeiro de refugo
Tirei muita lixiguana
Com foguitos de sabugo

E o sincero que não para
Dia e noite de tocar
Parece que a minha sorte
É que vai ficar por lá

Parece que a minha sorte
É que vai ficar por lá

Tropa Refugo

Vengo desde Alegrete, repuntando desde la frontera
Para el rebaño de jinetes, una tropa de primera
Diez pilungos, quince mulas aguantando desafíos
Treinta yeguas, dos potrillos y catorce burros chorros

Treinta yeguas, dos potrillos y catorce burros chorros

Levanta, sacude la crin, mira el camino mula negra
Que hasta Santa Catarina a este paso no llegarás

Que hasta Santa Catarina a este paso no llegarás

Que hasta Santa Catarina a este paso no llegarás

Vaya que la vida es tirana
Para el tropa de refugo
He sacado mucha lixiguana
Con fogonazos de mazorca

Y el sincero que no para
Día y noche de tocar
Parece que mi suerte
Es que se quedará allí

Parece que mi suerte
Es que se quedará allí

Y al llegar al saladero
La tropa descansará
De los paisajes de los potreros
Nunca más se acordará

Y al regresar a mi pago
Voy a extrañarla
Solo pido que no me espere
Con salchichón o mortadela

Solo pido que no me espere
Con salchichón o mortadela

Levanta, sacude la crin, mira el camino mula negra
Que hasta Santa Catarina a este paso no llegarás

Que hasta Santa Catarina a este paso no llegarás
Que hasta Santa Catarina a este paso no llegarás

Vaya que la vida es tirana
Para el tropa de refugo
He sacado mucha lixiguana
Con fogonazos de mazorca

Y el sincero que no para
Día y noche de tocar
Parece que mi suerte
Es que se quedará allí

Parece que mi suerte
Es que se quedará allí

Escrita por: