395px

Disparada

Yassir Chediak

Disparada

Prepare o seu coração
Pras coisas que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não
Ver a morte sem chorar
A morte, o destino, tudo
A morte, o destino, tudo
Estava fora do lugar
Eu vivo pra consertar
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei

Não por um motivo meu
Ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse
Porém por necessidade
Do dono de uma boiada
Cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo
Laço firme, braço forte
Muito gado e muita gente
Pela vida segurei
Seguia como num sonho
Que boiadeiro, era um rei
Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
Nos sonhos que fui sonhando

As visões se clareando
As visões se clareando
Até que um dia acordei
Então não pude seguir
Valente lugar-tenente
De dono de gado e gente
Porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata
Mas com gente é diferente
Se você não concordar
Não posso me desculpar
Não canto pra lhe enganar
Vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado
Vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi
Boiadeiro já fui rei

Não por mim nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que quisesse o que pudesse
Por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu
Querer ir mais longe que eu
Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço firme, braço forte
De um reino que não tem rei
Na boiada já fui boi
Boiadeiro já fui rei

Não por mim nem por ninguém
Que junto comigo houvesse
Que quisesse o que pudesse
Por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu
Querer ir mais longe que eu
Mas o mundo foi rodando
Nas patas do meu cavalo
E já que um dia montei
Agora sou cavaleiro
Laço firme, braço forte
De um reino que não tem rei

Lá laia laia laia

Disparada

Prepara tu corazón
Para las cosas que voy a contar
Vengo del sertón
Vengo del sertón
Vengo del sertón
Y quizás no te agrade
Aprendí a decir no
Ver la muerte sin llorar
La muerte, el destino, todo
La muerte, el destino, todo
Estaba fuera de lugar
Vivo para arreglar
En la boiada fui boi, pero un día me monté

No por un motivo mío
O de quien estuviera conmigo
Que tuviera algún deseo
Sino por necesidad
Del dueño de una boiada
Cuyo vaquero murió
Boiadeiro por mucho tiempo
Lazo firme, brazo fuerte
Mucho ganado y mucha gente
Por la vida sostuve
Seguía como en un sueño
Que boiadeiro, era un rey
Pero el mundo fue girando
En las patas de mi caballo
En los sueños que fui soñando

Las visiones se aclarando
Las visiones se aclarando
Hasta que un día desperté
Entonces no pude seguir
Valiente lugarteniente
De dueño de ganado y gente
Porque con el ganado se marca
Se guía, se marca, se engorda y se mata
Pero con la gente es diferente
Si no estás de acuerdo
No puedo disculparme
No canto para engañarte
Voy a tomar mi guitarra
Te dejaré de lado
Voy a cantar en otro lugar
En la boiada fui boi
Boiadeiro fui rey

No por mí ni por nadie
Que estuviera conmigo
Que quisiera lo que pudiera
Por cualquier cosa tuya
Por cualquier cosa tuya
Querer ir más lejos que yo
Pero el mundo fue girando
En las patas de mi caballo
Y ya que un día me monté
Ahora soy jinete
Lazo firme, brazo fuerte
De un reino sin rey
En la boiada fui boi
Boiadeiro fui rey

No por mí ni por nadie
Que estuviera conmigo
Que quisiera lo que pudiera
Por cualquier cosa tuya
Por cualquier cosa tuya
Querer ir más lejos que yo
Pero el mundo fue girando
En las patas de mi caballo
Y ya que un día me monté
Ahora soy jinete
Lazo firme, brazo fuerte
De un reino sin rey

La laia laia laia

Escrita por: Geraldo Vandré / Theo de Barros