Flor do Desprezo
Aquele buquê de flores
Que lhe ofertei com carinho
Roubei nas verdes campinas
Escondido dos passarinhos
Você jogou com desprezo
Beirando aquele caminho
Eu banhei toda de pranto
Quando ali chorei sozinho
Não sei se foi de meu pranto
Ou da neblina caída
Em pouco tempo a semente
Daquelas flores sem vida
Da terra brotou viçosa
E hoje é muito conhecida
Aquele pé de camélia
Beirando a estrada florida
Quando casar-se com outro
Peço que seja enfeitada
Sua grinalda de noiva
Com as flores branca da estrada
As mesmas flores que um dia
Por você foi desprezada
E reviveu da saudade
No caminho abandonada
Não colha todas as flores
Que encontrar desabrochada
Deixa pra mim um pouquinho
Das camélias perfumadas
Quando eu deixar esta vida
Peço que seja enfeitada
A lousa fria da campa
De minha eterna morada
Flor del Desprecio
Ese ramo de flores
Que te regalé con cariño
Robé en los verdes campos
Escondido de los pajaritos
Tú lo tiraste con desprecio
Cerca de aquel camino
Yo lo bañé todo en llanto
Cuando lloré allí solo
No sé si fue por mi llanto
O por la niebla caída
En poco tiempo la semilla
De esas flores sin vida
De la tierra brotó lozana
Y hoy es muy conocida
Ese pie de camelia
Cerca del camino florido
Cuando te cases con otro
Pido que sea adornada
Tu corona de novia
Con las flores blancas del camino
Las mismas flores que un día
Por ti fueron despreciadas
Y revivieron de la añoranza
En el camino abandonadas
No recojas todas las flores
Que encuentres florecidas
Déjame un poquito
De las camelias perfumadas
Cuando deje esta vida
Pido que sea adornada
La lápida fría del sepulcro
De mi eterna morada
Escrita por: Jose Fortuna / Sulino