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Hijo Del Diablo

Zé Tapera e Teodoro

Filho Do Diabo

Este fato aconteceu no estado da Bahia
Severino de Albuquerque, sua esposa era Luzia
Ele era valentão só gostava de arrelia
Com dez anos de casado nenhum filho eles não tinha
Por causa de não ter filho eles brigava todos dia

Um dia de tardezinha a mulher pegou a dizer
De que vale ter um marido e não ter gosto pra viver
Se Deus me mandasse um filho que bão que havia de ser
Severino ficou bravo, ele falou sem querer
Só se for filho do diabo eu arranjo pra você

Severino disse aquilo e saiu muito enfezado
Foi andando pela estrada num lugar arretirado
Encontrou um menininho tão bonito e tão corado
Lá na beira do caminho ele tava abandonado
Levou o menino pra esposa e teve pena do coitado

A mulher ficou contente quando viu o garotinho
Ela foi pegar o pente pra pentear seu cabelinho
Levou um susto de repente quando viu os dois chifrinho
Não sabia essa inocente que o menino era um diabinho
Mesmo assim ela disse: - Ele vai sê o nosso filhinho

Quando ela disse isso uma voz arrespondeu
De pé na beira da cama o diabo apareceu
Na presença do chifrudo foi que o valentão tremeu
O diabo virou e disse: - Esse menininho é meu
Carregou ele nos braços e os dois desapareceu

Hijo Del Diablo

Este hecho ocurrió en el estado de Bahía
Severino de Albuquerque, su esposa era Luzia
Era un bravucón que solo le gustaba pelear
Después de diez años de matrimonio, no tenían hijos
Por no tener hijos, peleaban todos los días

Un día, al atardecer, la mujer comenzó a decir
¿De qué sirve tener un marido si no hay alegría para vivir?
Si Dios me mandara un hijo, ¡qué bueno sería!
Severino se enojó, habló sin pensar
¡Solo si es hijo del diablo te conseguiré uno!

Severino dijo eso y se fue muy enojado
Caminaba por un lugar apartado
Encontró a un niño tan bonito y sonrosado
Abandonado en el camino
Llevó al niño a su esposa y tuvo compasión del pobre

La mujer se alegró al ver al niño
Fue a buscar el peine para peinar su cabello
Se llevó un susto de repente al ver los dos cuernitos
No sabía esta inocente que el niño era un diablillo
Aun así dijo: - Será nuestro hijito

Cuando ella dijo eso, una voz respondió
De pie al borde de la cama, apareció el diablo
En presencia del cornudo, el bravucón tembló
El diablo se volvió y dijo: - Este niñito es mío
Lo cargó en brazos y ambos desaparecieron

Escrita por: João Farah / Roque José De Almeida