O Poeta Come Amendoim

O POETA COME AMENDOIM
grupo:A Barca
trecho final - (Mário de Andrade)

Mastigado na gostosura quente de amendoim...
Falado numa língua curumim
De palavras incertas num remeleixo melado melancólico...
Saem lentas frescas trituradas pelos meus dentes bons...
Molham meus beiços que dão beijos alastrados
E depois remurmuram sem malícia as rezas bem nascidas...
Brasil amado não porque seja minha pátria,
Pátria é acaso de migrações e do pão-nosso onde Deus der...
Brasil que eu amo porque é o ritmo do meu braço aventuroso,
O gosto dos meus descansos,
O balanço das minhas cantigas amores e danças.
Brasil que eu sou porque é a minha expressão muito engraçada,
Porque é o meu sentimento pachorrento,
Porque é o meu jeito de ganhar dinheiro, de comer e de dormir.

El poeta come cacahuete

EL POETA COME CACAHUETES
Grupo:The Barca
Extracto Final - (Mario de Andrade)

Masticó en el maní caliente caliente
Hablada en un idioma curumin
De palabras inciertas en una melancólica melancólica
Salen fresco de grano lento por mis dientes buenos
Mojan mis labios que les dan besos extensos
Y luego susurran sin malicia las oraciones bien nacidas
Querido Brasil, no porque sea mi patria
La Patria es una oportunidad de migraciones y de nuestro pan donde Dios da
Brasil que amo porque es el ritmo de mi brazo aventurero
El sabor de mis descansos
El equilibrio de mis canciones ama y baila
Brasil que soy porque es mi expresión muy graciosa
Porque es mi dulce sentimiento
Porque es mi forma de ganar dinero, comer y dormir

Composição: