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Rastros de Una Batalla Inventada

Acróstica

Rastros de Uma Batalha Inventada

Restos mortais da nossa história foram exilados
Assolados, mas testemunhas do nosso passado
Sempre soube que houve mais do que se sabe
Tantos crimes sem solução
Tantos reinos de ruínas

Tantos mortos não julgados, sem direito ao perdão
Reze para não ter que viver mais como um lacaio
Que carrega a carruagem do rei
Ore muito para não ter que ver mais
A submissão imperar no seu mundo e ser a maior lei
(Salve-nos desta)

Destruição que ruge do inferno ao céu, ignorando a razão
Esse não é o futuro que eu quis pra mim
Vermelho pelo sangue derramado em vão

Uns e outros estão olhando de soslaio
Mas sem ter nem mesmo uma visão
Morrem, renascem, sempre serão assim
Combustível eterno da incompreensão
Asas que não vão me levar
Para um solo sem morte (não quero mais)

Batalhas por medo e terror
Asas que não me fazem amar
O milagre da vida (não quero mais)
Torturar em troca de dor

Assim é o extermínio que nos cerca
Joga um contra o outro, faz viver ser punição
Ligado ao outro só por parceria incerta
O ódio acorda em dobro quando vem a frustração

Homens pobres de esperança morrem cedo
Vítimas passivas da mesma guerra que vive em nós
Asquerosa é a fome de impor o medo
Dominar e achar que isso te torna uma única voz

Incerto é o futuro que vai brotar ao semear esse terror
Nada poderá lhe impedir de varrer a pureza que ainda se abriga aqui
Venha a mim, venha ao novo mundo
Onde só existe a matéria, nada de fé e amor

Entenda que esse é um fluxo imutável
Entenda que para nós a paz é inalcançável
Não quero mais dar desespero
Em troca de lágrimas (asas que só)
Tentam-me mais do que podem ser

Asas que não me fazem voar
Nem mesmo sabem bater, (asas de dor), asas de dor
Durante uma vida triste, perdido num caminho tão igual ao meu
Andou sempre com sua arma em riste
Sem notar tudo o que passou, tanto valor que se perdeu

Rastros de Una Batalla Inventada

Restos mortales de nuestra historia fueron exiliados
Asolados, pero testigos de nuestro pasado
Siempre supe que hubo más de lo que se sabe
Tantos crímenes sin resolver
Tantos reinos en ruinas

Tantos muertos no juzgados, sin derecho al perdón
Reza para no tener que vivir más como un lacayo
Que carga la carroza del rey
Ora mucho para no tener que ver más
La sumisión imperar en tu mundo y ser la mayor ley
(Sálvanos de esto)

Destrucción que ruge del infierno al cielo, ignorando la razón
Este no es el futuro que quise para mí
Rojo por la sangre derramada en vano

Unos y otros están mirando de reojo
Pero sin tener ni siquiera una visión
Mueren, renacen, siempre serán así
Combustible eterno de la incomprensión
Alas que no me llevarán
A un suelo sin muerte (no quiero más)

Batallas por miedo y terror
Alas que no me hacen amar
El milagro de la vida (no quiero más)
Torturar a cambio de dolor

Así es el exterminio que nos rodea
Juega uno contra otro, hace que vivir sea castigo
Atado al otro solo por una asociación incierta
El odio despierta el doble cuando llega la frustración

Hombres pobres de esperanza mueren temprano
Víctimas pasivas de la misma guerra que vive en nosotros
Asquerosa es la hambre de imponer el miedo
Dominar y creer que eso te convierte en una única voz

Incierto es el futuro que brotará al sembrar este terror
Nada podrá impedirte barrer la pureza que aún se refugia aquí
Ven a mí, ven al nuevo mundo
Donde solo existe la materia, nada de fe y amor

Entiende que este es un flujo inmutable
Entiende que para nosotros la paz es inalcanzable
No quiero seguir dando desesperanza
A cambio de lágrimas (alas que solo)
Intentan más de lo que pueden ser

Alas que no me hacen volar
Ni siquiera saben batir, (alas de dolor), alas de dolor
Durante una vida triste, perdido en un camino tan igual al mío
Siempre anduvo con su arma en alto
Sin notar todo lo que pasó, tanto valor que se perdió

Escrita por: Antônio Ernando / Joel Gomes