Bagatelas

Eu dizia "Apareça"
Quando apareceu
Não esperava
Um dia me beijou e disse:
"Não me esqueça"
Foi embora
E só esqueci, metade...

Que bom
Que eu não tinha um revólver
Quem ama mata mais
Com bala que com flecha
Ela deixa um furo
E a porta que abriu
Jamais se fecha...

Nada disso tem moral
Nem tem lição
Curto as coisas
Que acendem e apagam
E se acendem novamente em vão...

Será que a gente
É louca ou lúcida?
Quando quer
Que tudo vire música?
De qualquer forma
Não me queixo
O inesperado quer chegar
Eu deixo...

E a gente faz
E acontece nessa vida
Nessas telas
Nessas bagatelas...

Que bom que eu
Não tinha um revólver
Será que a gente
É louca ou lúcida?
Quando quer
Que tudo vire música?...

Nimiedades

Dije: “Sal
Cuando apareció
No lo esperaba
Un día me besó y dijo
No me olvides
Se fue
Y me olvidé, la mitad

Qué bonito
Que no tenía un revólver
Quien ama mata más
Con la bala que con la flecha
Ella deja un agujero
Y la puerta que se abrió
Nunca se cierra

Nada de esto tiene moral
No hay lección en ello
Me gustan las cosas
Esa luz y apagar
Y se iluminan de nuevo en vano

¿Lo hicimos?
¿Estás loco o lúcido?
Cuando quieras
¿Conviértelo todo en música?
De todos modos
No me quejo
Lo inesperado quiere llegar
Te dejé

Y lo hacemos
Y sucede en esta vida
En estas pantallas
En esas bagatelas

Me alegro de haberlo hecho
No tenía un arma
¿Lo hicimos?
¿Estás loco o lúcido?
Cuando quieras
¿Que todo se convierte en música?

Composição: Antônio Cícero / Roberto Frejat